NOTÍCIAS
A Odontologia e as Residências
(Disponível em www.odontoconcursos.com.br)
A Odontologia é tacitamente das profissões de nível
superior na área de saúde uma das que possui menor
presença no serviço público. A maior consciência
dos governantes aliada à ação da categoria
tem contribuído para aumentar essas vagas, mas sem dúvida
as residências em várias áreas da profissão
permitiriam avançar muito mais.
A quase totalidade dos atendimentos odontológicos ofertados
pelos governos, sejam eles municipais, estaduais, ou pelo próprio
governo federal são voltados para os serviços de clínica
geral, existindo pouquíssimas ofertas de serviços
especializados.
As residências trariam para os CDs treinamento em serviço
nas mais diversas áreas e uma bolsa mensal de cerca de R$
1.400,00 durante a vigência do programa, que em média
é de dois anos.
Atualmente, existe no país somente residências na área
de Cirurgia Buco Maxilo Facial .
Além de oferecer um rendimento para o CD e o treinamento
em serviço, as residências seriam responsáveis
pelo aumento de cobertura dos procedimentos odontológicos,
aumentariam a troca da profissão com a sociedade, oferecendo
uma chance para a evolução da prática profissional
frente a realidade social do Brasil.
Aumento no número de bolsas do CNPq
(Disponível em www.comciencia.br)
Uma boa notícia para os pesquisadores foi anunciada esta
semana pelo ministro da Ciência e Tecnologia, Roberto Amaral.
Amaral apresentou o programa de reestruturação de
bolsa de pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico
e Tecnológico (CNPq), cabendo agora, ao novo presidente do
CNPq, Erney Camargo, colocar em prática o programa, que deverá
funcionar a partir de março.
O programa consta de uma ampliação em 9% do total
de bolsas, o que corresponde a mais de 4.328 bolsas para programas
já existentes e 10.250 bolsas que serão distribuídas
em novas modalidades. O programa de aumento de bolsas representará
um investimento mensal de R$3,6 milhões previsto no orçamento
de 2003. Uma equipe de trabalho, nomeada pelo ministro, examinou
o orçamento do Ministério e do CNPq, concluindo que
os investimentos serão possíveis através de
um melhor aproveitamento dos recursos já disponíveis.
Essa afirmação foi confirmada pela a assessoria de
imprensa do MCT à redação da ComCiência,
que explicou que "o aumento das bolsas não implicou
em investimentos extras, bastando um contingenciamento das verbas,
que foram readequadas para concretizar o programa". O aumento
das bolsas faz parte da proposta do presidente Luiz Inácio
Lula da Silva de ampliar a formação dos cientistas
brasileiros.
A ampliação das bolsas atenderá desde novos
pesquisadores do ensino médio, até pesquisadores com
maior experiência, através do apoio a teses de doutorado.
Os pesquisadores de iniciação científica, mestrado
e doutorado serão contemplados com mais de 4 mil bolsas,
em relação ao número já existente. O
número de bolsas em 2002 envolvendo estas duas categorias
é de 18.861 em iniciação científica,
5.602 em Mestrado e 5.740 em Doutorado, conforme informou à
ComCiência a assessoria de imprensa do CNPq (ver tabela).
Em outros três novos projetos, serão criados outras
10.250 bolsas.
1999 | 2000 | 2001 | 2002 | |
Iniciação científica | 17.120 | 18.483 | 18.763 | 18.861 |
Mestrado - GM | 5.693 | 5.572 | 5.798 | 5.602 |
Doutorado - GD | 5.327 | 5.658 | 5.842 | 5.740 |
Fonte: Assessoria de Imprensa do CNPq
As bolsas de Iniciação Científica
Júnior estão entre as novidades. Voltada para alunos
do Ensino Médio, serão três mil bolsas no valor
mensal de R$80. O programa, que pretende estimular novos talentos,
será desenvolvido em convênio entre o Ministério
de Ciência e Tecnologia (MCT), Secretarias Estaduais de Ciência
e Tecnologia e com as Fundações de Amparo à
Pesquisa dos estados. A Bolsa Prêmio é também
novidade dentro do programa. Criada para incentivar as atividades
básicas de pesquisadores com maior experiência - inicialmente
para os pesquisadores de nível IA do CNPq. E por fim, será
restituída a Taxa de Bancada, que destina a oferecer melhores
condições ao desenvolvimento de teses de doutorado,
para alunos de pós-graduação, que receberão
a cada três meses o equivalente a uma bolsa de doutorado.
Ainda não se fala em aumento no valor das bolsas, que não
sofre reajuste há 7 anos, mas isso deverá ser assunto
na agenda dos ministros até o final de 2003. O aumento das
bolsas implica em gasto orçamentário e envolve uma
ação conjunta entre Ministério da Educação
(MEC), MCT, CNPq e Ministérios da Área Econômica.
Mas este aumento deverá catalisar o desenvolvimento de ciência
e tecnologia no país, visando a desconcentração
das atividades de pesquisa, sobretudo no Sudeste, assim, atenção
especial será dada às regiões Norte, Nordeste
e Centro-Oeste, procurando manter os pesquisadores em suas regiões
de origem.