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Páscoa!
NOTÍCIAS
Teste de vacinas anti-HIV no Brasil entra em discussão
(Disponível em www.comciencia.br)
OO Brasil deverá integrar uma rede internacional de testes
de vacinas anti-HIV, em parceria com a Organização
Mundial de Saúde (OMS). A Rede de Pesquisa Clínica
e Aids preparará instituições interessadas,
de diversas regiões do país, para testar futuras vacinas
anti-HIV em milhares de pessoas em 2004. Esses testes são
a última fase antes da comercialização da vacina.
Segundo o médico Luis Fernando Brígido, "o momento
é de discutir com o governo, comunidade científica
e sociedade. Só iremos consolidar a rede se estes três
segmentos estiverem de acordo". Pesquisadores levantam questões
polêmicas como os possíveis retornos sociais e econômicos
deste tipo de pesquisa.
O objetivo da rede é a preparação para realização
de pesquisa em vacinas e medicamentos e a caracterização
epidemiológica da doença, já que a Aids pode
ser causada por diferentes tipos de vírus. O projeto prevê
o aperfeiçoamento do diagnóstico; capacitação
de profissionais para desenvolver estudos na área de vacina
e trabalhar dados, testar vacinas, realizar campanhas preventivas
e introduzir métodos específicos de tratamento. Alguns
estados brasileiros já estão se estruturando para
integrar a rede como São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
Em Porto Alegre, Recife e Curitiba discutem-se formas de integração
à rede.
Na opinião de Frederico Abath, chefe do departamento de Imunologia
do Centro de Pesquisas Ageu Magalhães (CPqAM), da Fiocruz
de Pernambuco, este tipo de pesquisa deve trazer outros benefícios
para países como o Brasil, entre eles a melhoria na estrutura
de saúde, geração de empregos, e os chamados
benefícios residuais, como aumento da capacidade de oferecer
serviços médicos e o compartilhamento das vantagens
financeiras geradas nesse processo. De acordo com Abath "o
processo deve ter transparência, para isso, todos os acordos
devem ser publicamente reconhecidos".
O pesquisador da Fiocruz comenta que o Brasil passa por um contexto
complicado no que diz respeito a investimentos na área de
saúde, pois o perfil epidemiológico de um país
em desenvolvimento se caracteriza, principalmente, por doenças
infecciosas e desnutrição. Nos países desenvolvidos
o perfil muda, os maiores problemas são de doenças
crônico-degenerativas como a arterioesclerose (perda de elasticidade
dos vasos). O Brasil acumula os dois tipos de problema gerando uma
situação difícil e exigindo investimentos maiores
em saúde. Por isso, segundo Abath, "não podemos
ignorar que investimentos em pesquisas sobre a Aids são importantes
para o país".
Para Marilena Correa, médica do Comitê de Ética
em Pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz, "toda população
do país em que ocorreram os testes deverá ser beneficiada,
com distribuição gratuita no caso de uma eventual
vacina eficaz".
Testes em prática: Estão em condução
no país duas vacinas, uma preventiva e outra terapêutica.
Desenvolvida nos Estados Unidos, a vacina preventiva está
sendo testada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
na fase 2. Esta fase avalia a segurança do uso em humanos
e evidências de funcionamento, como o estímulo à
produção de células de defesa. A vacina terapêutica
funcionaria como um remédio aumentando a resposta imunitária
no tratamento de portadores do vírus HIV, desenvolvida por
pesquisadores do Laboratório de Imunopatologia Keizo Asami
(Lika) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), com tecnologia
Francesa e está na fase 1, que testa a segurança do
uso em seres humanos.
Já testam vacinas anti-HIV, dentre outros países,
Estados Unidos, França, Itália, Inglaterra, Uganda,
Índia, China, Trinidad e Tobago, África do Sul e Haiti.
Tailândia é o único país onde são
realizados testes na fase 3 (em milhares de pessoas), pois já
vem se estruturando para isso há cerca de 15 anos.
Mulheres brasileiras ainda são discriminadas no meio científico
(Disponível em www.comciencia.br)
A emancipação feminina no Brasil tem aumentado nos
últimos trinta anos, quando a mulher passou a integrar cada
vez mais o meio cientifico. Mesmo assim, as mulheres ainda estão
em desvantagem quando compara-se as oportunidades dadas aos homens.
Essa questão, entre outras relacionadas ao tema, é
discutida com profundidade no livro O Laboratório de Pandora
- Estudos sobre a Ciência no Feminino, de autoria da pesquisadora
e socióloga Fanny Tabak. O livro é uma das publicações
nacionais mais recentes sobre o tema.
"Nos dias de hoje, vejo a presença feminina na vida
científica e acadêmica brasileira como muito mais visível
e importante do que há algumas décadas atrás
- nos anos 70, por exemplo", afirma a autora da obra. Mesmo
assim, ela lembra que as mulheres ainda se encaminham para profissões
tipicamente femininas, como enfermagem e psicologia. "As engenheiras
ainda são minoria, pois ainda existe muito preconceito, estereótipos
sexuais que aconselham as meninas a não seguirem carreiras
masculinas, como são consideradas as engenharias", diz.
Segundo Tabak, as mulheres conquistaram reconhecimento e prestígio
no cenário acadêmico brasileiro, mas ainda estão
concentradas em poucas áreas, além de terem dificuldades
para alcançarem posições hierarquicamente mais
elevadas. As dificuldades são maiores para as mulheres, explica
a pesquisadora, pois elas continuam tendo que enfrentar uma dupla
jornada (cuidados com os filhos, atenção à
casa, marido etc).
A publicação de Tabak é uma forma de estender
as discussões de estudos sobre o feminino a um público
mais amplo, divulgando os resultados obtidos através de vários
estudos realizados pela pesquisadora ao longo dos anos 1990. "Era
importante que esse tema - que não tem merecido a atenção
devida - viesse a ser discutido e que a maior participação
de mulheres em carreiras científicas e tecnológicas
fosse estimulada", conta a pesquisadora que atualmente preside
o comitê de pesquisa "Sex Roles and Politics", da
Associação Internacional de Ciência Política
(IPSA), do qual foi fundadora, além de ser diretora de projetos
de pesquisa da Unesco e de participar de várias entidades
dedicadas ao estudo das questões de gênero e da participação
das mulheres na política e na sociedade.
Fanny Tabak é pioneira no estudo das questões de gênero
no Brasil. Além de publicações relevante sobre
o tema, ela foi responsável pela fundação do
primeiro núcleo acadêmico de estudos sobre a mulher
nos anos 80, na PUC-RJ (Núcleo de Estudos da Mulher), o que
impulsionou o desenvolvimento de projetos em outras regiões
brasileiras para estudar o problema da mulher em relação
à vida profissional e a igualdade de oportunidades "Infelizmente,
não se trata ainda de um tema prioritário para muitas
ONGs que se dedicam a estudos e pesquisas sobre a mulher" ,
lamenta a autora do livro. Apesar de tudo, ela salienta que alguns
países têm tomado iniciativas buscando motivar a presença
das mulheres no meio acadêmico, e salienta a contribuição
fundamental da Unesco. Na opinião de Tabak, o ensino das
ciências na escola primária é uma peça
chave para ampliar a participação das mulheres nas
carreiras científicas.
(O Laboratório de Pandora: Estudos sobre a Ciência
no Feminino, Fanny Tabak. Editora Garamond, 2002. 262 pág.
R$24.)
Novas Ações e Projetos do Ministério da Saúde
(Disponível em www.odontoconcursos.com.br)
O Ministério da Saúde, anunciou recentemente a ampliação
do programa Saúde da Família, que incorporará
mais quatro mil equipes médicas e três mil equipes
de saúde bucal . Esta ação, depende de convênios
a serem firmados com os municípios.
Outra ação importante foi o reajuste do Piso de Atenção
Básica, valor pago por habitante anualmente aos municípios,
que passará de R$10,50 para R$12,00, devendo o novo valor
ser pago a partir do próximo mês.
No campo dos projetos, as farmácias populares dependem ainda
de uma série de investimentos em infra - estrutura, reformas
nos laboratórios do governo e planejamento para a distribuição
dos remédios. A elaboração do Código
de Direitos dos Usuários do SUS também é um
projeto, que será estudado.
Curso de Especialização em Estomatologia
A UNISA - Universidade de Santo Amaro ( São Paulo ) estará
abrindo curso de Especialização em Estomatologia,
dando maior ênfase ao tratamento cirúrgico das patologias
do complexo maxilo-mandibular.
A coordenação do curso será de responsabilidade
do Prof. Dr. Artur Cerri. Os interessados por favor entrem no site www.diagnosticobucal.com.br e cadastrem-se no banner "Especialização"
para posterior contato.
NOTÍCIAS DA SOCIEDADE
Atlas online de doenças na boca
O Atlas Online de Doenças da Boca, da Sociedade Brasileira
de Estomatologia, é um serviço que será disponibilizado
pela SOBEP em seu website e constará de um banco de dados
de imagens de doenças que afetam a boca, incluindo seus aspectos
clínicos, histopatológicos, radiográficos e
outros pertinentes, com um breve texto descritivo associado. Todos
os sócios da SOBEP são convidados e estimulados a colaborar
na construção do Atlas e a partir deste mês
as contribuições já podem ser enviadas. Para
obter mais informações sobre as normas do Atlas e
como colaborar clique
aqui.
Controle do Câncer da Boca no Brasil
A SOBEP participou do "1o Encontro Técnico para o Controle
do Câncer da Boca no Brasil" realizado no dia 7/04/03
e patrocinado pelo Instituto Nacional de Câncer através
da Coordenação de Prevenção e Vigilância
.
Estiveram presentes o Presidente da SOBEP Dr. Abel Cardoso e a Prof.a
Sandra Torres, responsável pela Comissão de Ação
Social desta Diretoria.
LINKS
Revista Brasileira de Patologia Oral
(Disponível em www.patologiaoral.com.br)
A Revista foi lançada no fim de 2002 e seu primeiro volume
data de Out/Dez de 2002. A Revista está disponível
online com seus artigos em full text. O site é extremamente
interessante e bem organizado, contando ainda com um fórum
de discussão, banco de lâminas e casos clínicos,
caso clínico interativo além de outros ítens.
Vale a pena conhecer e prestigiar este trabalho cuidadosamente preparado.